DUIA E CASCALHO
A ARTE DE SE JOGAR FUTEBOL
DUIA E CASCALHO, QUANDO JOGAVAM PALMEIRAS DE BLUMENAU, EM 1966., NO CAMPEONATO CATARINENSE DE PROFISSIONAIS. DUIA , BANCÁRIO, RESIDE ATÉ HOJE NAQUELA CIDADE. |
Em 62, 63, Duia e Cascalho já eram titulares da zaga daquele timão do C.A. Batel e eu ainda tinha 14, 15 anos e não me conformava de Duia virar zagueiro, afinal, no Brasílio ele era meia esquerda e o ataque Marcus Porvinha, Ademir Colotário, Herbert, Duia e Vitor Lagartinho, era uma máquina. Dois anos mais tarde, em 1965, é que eu fui jogar contra eles pelo 29 de Maio. Duia, quando fazia a zaga com o veterano Anibinha, era um show. Era zagueiro de matar a bola no peito na área pequena. Não dava um chutão. Era craque como Cicico do XV ou Patesco do 29. Outras vezes, a zaga era Duia e Baíco e o entrosamento era perfeito, passar ali, não era fácil. Baíco era da escola mais antiga e chegava junto. Depois deles, zagueiros clássicos, só Paulo Capivara.
O jogo é o dessa foto, em Morretes contra o Operário, na decisão do campeonato de 1961, quando o Batel conquistou o tetra-campeonato com o gol de Macico. Nos últimos dez minutos foi um sufôco. Nesse jogo, o goleiro Pedrinho foi expulso, lá pelos 35 do 2º tempo e quem foi pro gol, foi o Romário. Duas, ou três faltas na entrada da área e em uma delas, conta o meu ídolo Pimenta, que a barreira se adiantou e o adversário bateu forte. A bola amorteceu na barreira e sobrou pra Tatão que emendou um balaço que Cascalho defendeu de cabeça.O jogo parou e Cascalho, ali, alguns minutos meio desmaiado e a torcida do Operário achando que era "cera". Depois, continuou, e segundo o próprio João Ramalho, nunca mais pôs a cabeça na bola. Joguei muito contra ele e era seu fâ, incondicional e constatava a cada jogo o que Jamil, Onamar e tantos outros confirmavam: Cascalho, foi o maior lateral esquerdo do futebol antoninense.
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