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sexta-feira, 1 de março de 2013

O FUTEBOL ANTONINENSE, SEUS PRESIDENTES, DIRETORES, TREINADORES E A CARTOLAGEM
(1ª parte - A.A. 29 de Maio)

              Não haveria, com certeza, tanto brilho no futebol antoninense sem a paixão pelo clube e suas peculiaridades, principalmente nos vestíários, antes, durante e depois dos jogos. Assim como, sem a presença da cartolagem nos treinos e na vida econômica e social dos clubes. Talvez, eu cometa alguma injustiça em esquecer algum nome, mas do que eu vi ou convivi e escutei relatos dessa gente maravilhosa que não media esforços para que seu clube alcançasse seus objetivos, muitas vezes traduzidos em títulos e outras, quando um fato, um erro de arbitragem ou uma bola perdida mudava o rumo da partda, jogando por terra o trabalho do ano inteiro. À essa gente valorosa, meus agradecimentos.
      Inicío com meus dois primeiros técnicos: no Brasílio Machado, foi seu Zéco de Nha Níca, que me escalou pela primeira vez em um time.  Entre os escolhidos, diversos jogaram no amador e profissional, tais como  Wayne, Dudu Prato, Ceceu, Herbert, Marcus Porvinha e Duia.
  Lembro-me de grandes jogos com o Anexo, do Moysés Lupion, que tinha Albertinho, Roberto Cara de relógio, Zé Mário Cabecinha de cobra, Ansula, Zeca de Lídio, Chuchu e do Rocha Pombo de João Renato, Zicote, Jura, Polenta, Cekso Jacaré e Paulo Sabico, Zé da Pinta, que também chegaram ao profissional. No mais, o Brasílio era a única escola que ganhou chuteiras e meiões, mas que só serviam para desfilar no aniversário da cidade. "Aí, jacuzada! Foram jogar no campo caranguejo ou no campo da palha?!" A gente morria de vergonha.
    

         No amador, quem me deu a primeira chance de jogar, foi meu mestre Onamar de Castro.    Eu tinha 16 anos (1964) e papai não queria assinar a ficha de amador, pois achava que eu era muito pequeno e ele tinha medo que me quebrassem, afinal, o 2ª Quadro era formado por jogadores sem muito talento, mas eram homens feitos, de 20 a 30 anos. Entretanto, Onamar conseguiu convencê-lo. Ganhamos o 1º turno do segundão invicto. Teve um jogo contra o XV, que fiz sete gols em um goleiro baixinho (que vou preservar o nome). No domingo seguinte, seu Onamar me colocou no 1º Quadro, contra o Matarazzo F.C. no 2º tempo. Do que me lembro, era não ter dormido direito. A ansiedade era tanta, que a primeira bola que veio,  escureceu tudo e eu pensei que ia desmaiar;  era emoção demais. Depois da estréia no meio dos cobras como Jamil, Miro Pixote, Leonel, Osmair, Belfare, Celso Máscara, Herbert, Tico, Alcatrão; jogar ficou fácil..
           Como pessoa, aprendi uma grande lição, meio na marra em 1965. Já sendo o artilheiro do campeonato amador e decidindo vários jogos, achei que podia tudo. Em um dia de treino, dividi uma bola com firmeza e machuquei Mudinho. Seu Onamar enxergou maldade no lance e me mandou pra fora do treino, na hora. Disse: "você não sabe que ele é um pai de família e que amanhã ele vai ter que trabalhar? Se você quebra a perna dele, quem vai por comida na mesa? Suma daqui seu moleque e só volte quando você aprender a ser homem!" Fiquei uns três jogos de fora e sem direito de treinar. Entendi. Você tinha que entrar firme, mas sem maldade (que eu nem sabia que tinha). Outra lição, foi técnica. Eu era muito garoto e não tinha confiança de cruzar de perna esquerda, então, eu cortava para dentro, tabelava ou chutava no gol, mas ele me pegava no pé, dizendo que atacante que só chutava com uma perna não servia. Confessei que tinha vergonha de errar, pois Miro Pixote, Osmair, Celso Máscara reclamavam muito. Daí, ele fez o seguinte: chamou os cobras e disse "nos treinos de terça-feira, ele vai dominar, passar, driblar e chutar no gol, só com o pé esquerdo, como se fosse um canhoto". E arrematou: "O primeiro que reclamar do guri, eu tiro do treino e não joga domingo". Moral da história. ele me deu o tempo para aprender a perder o medo de errar e os gols mais bonitos que fiz, mesmo como profissional, foram de esquerda. Ensinou o básico: "quer driblar? Se perder a bola vai ter que buscar até a nossa defesa". Não reclame do colega menos talentoso, pelo contrário, incentive, pois é esse, o primeiro que vai te defender numa briga e é o que vai buscar a bola perdida pra que você faça o gol". Parte física, costumava a dizer: "eu vinha de bicicleta do Bairro Alto, todos os dias, pra treinar no 29" e eu aprendi a ir às Quartas e Sextas, correndo até Morretes, tomar banho no Nhundiaquara, namorar um pouco e depois, voar fisicamente nos jogos.
        Muitos técnicos excelentes, outros diferentes, mas todos deram sua contribuição à história gloriosa do 29 de Maio: Pedroca, Zezito, Chico Lopes Porqueco, seu Léco, Belfare Giovanelli, Celso Vieira, Ariel, Nelson Pres Cavalo Branco, Luis Carlos Batata, entre outros, a quem o 29 Agradece..

Dr Abdon Nascimento
       PRESIDENTES. Dos que mais realizaram, nos tempos da farta economia antoninense, a primeira grande obra foi na gestão do Dr Abdon Nascimento, com a construção das arquibancadas de madeira no início dos anos 40 e a vinda de jogadores profissionais para o 29 de Maio, às custas de empresários locais e diretores destemidos e abenegados como as famílias de Francisco Pinto (que leva o nome do estádio, até hoje) e a família Picanço, entre outras.  
  

Sr Osni Passos Ribeiro
A seguir, o Sr Osni Passos Ribeiro, empresário e presidente do Rotary Clube, que construiu o muro que circunda a praça de esportes vintenoveana.  Presidente no início dos anos 60, coincidentemente nos áureos tempos dos esquadrões do Batel e XV de Novembro, não lhe restou  mais que dois vices campeonatos, entretanto, ficou para história do clube como um empreendedor, pois sua obra está lá, mesmo com a deteriozação do tempo. 

Dr Luis Augusto 64-65
     Muitos vintenoveanos ou não, devem a esse presidente do 29 de Maio, o diretor da APA Engº Luis Augusto Leão Fonseca, no mínimo, o seu primeiro emprego. Outros, construiram sua independência a partir dessa oportunidade proprocionada por jogar no 29, assim como, várias pessoas foram empregadas como caseiro do clube, com salário, casa e luz por conta, mas, em sua maioria, não retribuiram ao 29, ao menos, um olhar de respeito ou palavra de gratidão, muito menos contribuiram com um prego sequer. Com o presidente Luis Augusto, ganhamos o título invicto de 1965, que já demorava 8 anos. Fizemos inúmeras excursões, principalmente, por fornecer atletas aos clubes profissionais,  como Paulo Capivara,  Marcus Porvinha, Alcatrão e Mário Simão, somente nessa gestão.. 

Este presidente Felizberto Fernandes de Oliveira, construiu a atual sede da A.A. 29 de Maio, outro abenegado, como muitos anônimos que não são registrados seus feitos e deixam de ser reverenciados, mas que suas obras alí estão à espera, do mínimo, de reconhecimento e consideração. Obras, como a drenagem feita em "X" no campo oficial e demoveu muito trabalho suado de muita gente e promessas de ajuda não-cumpridas (principalmente, as políticas) e que acabo me informando por pessoas como Caetaninho, nos bate-papos saudáveis, ali no Jikiti. Obras como o alambrado do campo oficial, que muitos colaboradores deram seu quinhão, bem como, a cancha de areia, construídas nas gestões de Celso Vieira, Eduir e Herbert.
   A esses e aos demais diretores, que trabalharam muito nos períodos de manutenção e aos que continuam a saga vintenoveana, trazendo-a até 2013 com maior ou menor expressão, mas regado a muito Amor pelo clube, são simbolizados, abaixo, por essas pessoas, as quais, o 29 de Maio  Agradece.

 UMA BELÍSSIMA HISTÓRIA DE ABENEGAÇÃO E AMOR AO 29



Diretores e Colaboradores, Massagistas e centenas de Atletas, Abenegados e
Torcedores, que fizeram a seu tempo, a História  gloriosa da A.A. 29 de Maio.





  

4 comentários:

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  2. Sr(?) anônimo. ESTE BLOG TEM A FINALIDADE ÚNICA, DE PRESERVAR A HISTÓRIA DO FUTEBOL ANTONINENSE, SEUS FEITOS E SEUS PERSONAGENS. AQUI, NÃO SE PERMITIRÃO POSIÇÕES POLÍTICAS, RELIGIOSAS OU ASSUNTOS, ADVINDOS DE ANONIMATO.

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