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domingo, 17 de março de 2013

OS GRANDES CLÁSSICOS DOS ANOS 50 E 60.
  INESQUECÍVEIS!

          Eu nem tinha oito anos e meus tios Patinho e Petrônio, me levavam para o campo do 29 de Maio. Era uma verdadeira festa, assistir aqueles grandes clássicos que mobilizavam a cidade inteira. Atrás desses gols pegando bola, de gandula, é que aprendi a gostar do 29. Desde a manhã, a maioria dos diretores do 29 de Maio iam para o Bar Marreiro, na Rua do Campo (Conselheiro Araujo) e de lá, saiam para o campo do 29. às 14:00 já rolavam as preliminares com os 2ºs Quadros e eram disputadíssimas.  Depois dos jogos principais, a festa era no Bar Cruzeiro, na Rua Heitor Soares Gomes. Ali, quem chegasse primeiro ocupava o balcão e isso, acabava muitas vezes em brigas, que virava assunto durante a semana inteira. Entretanto, aquela arquibancada lotada, do guapezeiro à esquerda, onde sempre se concentrava a torcida do Batel, capitaneada por Jorge Takassaki, Dª Alice (mãe de Pimenta, que levava um sombrinha pro sol, pra chuva e se precisasse, serveria numa das muitas brigas que se fazia por lá, onde pelas 15 horas não cabia mais ninguém Embaixo da arquibancadas, no bar e nos dois vestiários, o barulho da torcida do 29 de Maio, batendo os pés no madeirame, era ensurdecedor. Em volta da tribuna de honra, onde ficavam seus presidentes Alir Ditrich, Joubert Gonzaga Vieira, (seu Zezito, pai de Josias e Maria Alice gostava mesmo era de ficar com Juquinha Galinha,  gritando lá das palmeiras (onde teve uma cabine de rádio) e diretores e autoridades. Havia um escudo enorme de madeira no forro, com o distintivo do 29. Tinha muito vendedor de amendoin (o melhor era do seu Tonico), tinha cocada da Dª Maria, bolinho de camarão de Guacuari e  lá em baixo,.a pipoca Peixe do seu.... 

Pois é, assistir um 29 de Maio, com Jair Cruz, Onamar, Odilon, Patesco e Branco, Didinho, Jamil e Celso Vieira, Osmair, Miro Pixote e Nascimento, contra um Batel de Pedrinho, João Honório, Anibinha, Baíco e Cascalho. Vadinho Chipanzé, Romário e Lilinho. Pimenta, Macico e Mililique,  seria feriado municipal, se os jogos não fossem aos domingos. 

CLÁSSICO:    29 DE MAIO  X   BATEL  
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 CLÁSSICO:   XV DE NOVEMBRO  X  MATARAZZO

   O XV de Novembro que seria, a grande surpresa do início dos anos 60, não chegou a esse nível, de graça. Já no final dos anos 50, os diretores Domício Guimarães,seu Douglas, seu Manequinho, Athos começaram a criar um time jovem com sua estrela maior Jair Henrique (que jogou ao menos cinco anos no Atlético Paranaense) e acabou monopolizando a juventude à época, chegando a criar a 1ª torcida feminina, capitaneada pela família Ferreira, de Seu Albertinho e Dª Guilhermina. Esse XV, que chegou ao bi-campeonato com Cobertor, Argeu, Zezo, Cicico, Alceu. Leonel, Nega Gibi e Jair Henrique. Dirceu, Mário Simão e Miltinho que enfrentava um Matarazzo, com sua força econômica já se esvaindo, mas ainda poderosa no futebol antoninense, com um clube social de grandes bailes de carnaval, detinha um estádio maravilhoso e lá, o time se transformava em um esquadrão, quase imbativel. A dedicação de diretores como seu Hermano Martins, Alceu Gonçalves e a gerência do Matarazzo dando total apoio, esse Mtarazzo  com Benedito, Laertes, Joel, Janguito e Ferreira. Mário Cangalheiro, Carlos e Marçalo. Sussumo, Harmíneo e Sílvio, eram jogos pra pagar o ingresso novamente. 
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  CLÁSSICOS     ANTONINA   X  MORRETES
E de troco, ainda tinha os clássicos com os times de Morrretes: Operário, Cruzeiro e 31 de Outubro (com jogos lá e cá),, tanto, que o C.A. Batel conquistou seu tetra-campeonato Antoninense, em 1961, lá em Morretes contra o Operário, em um jogo inesquecível, lembrando, que o Operário F.C. foi bi-campeão disputando o campeonato antoninense.em 1950 e 51
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            Encerrando a apresentação destas equipes inesquecíveis, protagonistas de grandes clássicos do futebol antoninense, em breve relatarei grandes partidas entre eles.

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