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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

ALCIONE, ARNOLDO E AROLDO

TALENTOS DO FUTEBOL EM FAMÍLIA 


       Recuperando-me do feriado, na 2ª feira pela manhã, vi passando do outro lado da avenida Dr Carlos Gomes, o meu Amigo Aroldo César e por alguma razão lembrei de Arnoldo, que dos irmãos foi o que mais vi jogar (principalmente em 1964, quando C.A. Batel ganhou o 5º título em 7 anos seguidos). Consultando meu acervo, encontrei fotos dele e de seu irmão Alcione, embora tudo o que eu saiba  desse zagueiraço que fez história aqui e em Paranaguá, é de ficar perguntando a Seu Onamar e também, quando perturbava meu querido Jamil lá no mercado, aos domingos de manhã, assim como a Felizberto, nas tardes em que se reunia com Rachid e Benito, ali na barbearia do Polaco, onde a conversa sobre futebol e o tal de curió, ia longe.
        Arnoldo, de 1,65 mais ou menos, era um lateral entroncado, muito forte e no entanto, jogava com muita precisão, na marcação e no passe. Nesses tempos em que o lateral não ia muito para o ataque, jogar pelo lado dele não era mole, pois atuava como muita competência, lembrando a eficiência de Belfare Giovanelli, que jogou no Corinthians e no Atlético e veio ser campeão em 1965, pelo 29). Arnoldo, foi tri-campeão pelo esquadrão do C.A. Estiva nos anos 52, 53 e 54. Também, atuou pelo Rio Branco, mas principalmente pelo C.A. Seleto em jogos memoráveis, um deles contra o Santos  (sem Pelé) e outras vezes, quando enfrentava aqui, o poderoso 29 de Maio de Jair, Onamar, Laertes, Patesco ou Odilon e Branco, Didinho armando para o ataque inesquecível de Osmair, Jamil, Celso ou Aércio, Miro Pixote e Nascimento.          A entrega de faixas ao bi-campeão XV de Novembro S.C. de 63, foi feita pelo Seleto e Arnoldo estava lá, enfrentando o esquadrão de Jair Henrique & Cia, timaço que parou a hegemonia do até então, imbatível, C.A. Batel.  Jogou, ainda, no 29 de Maio com Walter, craque do Atlético e Coritiba e no próprio Batel, nos anos 60, com todas aquelas feras.
   Aroldo
      Aroldo, também tri-campeão pelo C.A. Estiva, formou em um dos mais inesquecíveis times dos anos 50, reinaando nesse período com um esquadrão que tinha Ional (Minha mãe Enoê, era madrinha da Estiva, assim como a Dª Adi e era fã do goleiraço. Dizia que quando a bola era alta, "Inhonal" parecia que tinha asas!"). Aroldo e Arnoldo faziam as laterais e Nilo e Samongo, a zaga. Silvaninho, Dirceu e Lilinho, a meia cancha e Maravilha, Aercio e o incrível Nhonhô, o ataque. Foram campeões do Centenário em 53; um título histórico. A taça e a foto do timaço está no saguão de entrada da sede dos Estivadores, onde tenho a honra também estar, por ter jogado por essa grande associação Taça Paraná e 1973 e ter sido artilheiro da competição. 
      Na A.A. 29 de Maio, com Ari (irmãos de Guilherminho) ou Flávio, Onamar, Waldemar Garça, Álvaro, Alceu e Jorge Pescoço, Dídimo, Yonegi Tanaka, os irmãos Ariel e Arãozinho, Aércio, Quinco Vaca Braba, Antoninho Galinha, que também marcaram época. Ainda, participou da equipe do Batel, no início da arrancada para o tetra.
         Sobre o craque Alcione, lembrei que o grande jornalista e Amigo Amiltom Aquim, seletense roxo e nome da Sala de Troféus do C.A. Seleto que tive a honra de colaborar para sua realização, venerava o futebol jogado por Alcione. Ele relembrou que na estréia de Nininho, o capitão da equipe do Rio Branco era o Alcione e o adversário foi o super-super campeão carioca de 1958, o Vasco da Gama de Barbosa, Paulinho e Belini, Écio, Orlando e Coronel, Sabará, Livinho, Vavá, Almir e Pinga. Nesse time, tinha só sete (7) jogadores da seleção brasileira. E Alcione, na zaga com outro grande capitão, o Ricardo (depois, campeão da Zona Sul do Paraná pelo C.A. Seleto), encararam aquelas feras. No seu time jogava outro excepcional meia direita, o Odair, o maior do futebol paranaense da época, tanto, que foi jogar no Vasco depois disso. Por outro lado, Alcione nunca quis sair de Paranaguá. Por aqui, em Antonina, deixou admiradores do seu futebol, em todas as torcidas. Um craque do futebol antoninense. 
      Nessa família ainda tem: Ewaldo, campeão pelo 29 em 81, Hélio também campeão 81, pela Estiva e na Taça Paraná em 73, formou com Edson, que depois foi jogar no União de Bandeirantes, como profissional. Ainda, o tio deles e capitão da Estiva Alceu pó. Só não jogou  o tio Ari, pois era o presidente daquele timaço da Taça Paraná e não tinha muito tempo, pois além de roçar o campo do Matarazzo pra gente poder treinar e jogar, ainda tinha que ir no vestiário, no intervalo das partidas e dar umas duras, em geral. Eu e Sabico os que mais levavam bronca. Daí, a gente ia lá, jogava muito, fazia os gols e depois, o primeiro que ia nos abraçar era seu Ari, sempre emocionado. 



A foto da partida contra o Vasco da Gama. Alcione, é o último à direita, em pé. Ricardo, em pé, à direita do goleiro e Odair, é o 1º agachado, à esquerda. Nininho é o último, agachado, ao lado de Hélio Alves, o técnico.

Arnoldo, é o primeiro à esquerda, em baixo. Pimenta é o último com a camisa do Seleto, agachado, á direita.

 Da esquerda para a direita. Seu João do Abrigo, Nhonhô, Arnoldo, Dirceu, Silvaninho, Lilinho, Aroldo, Maravilha, Aércio, Nilo, Samongo e Ional. Tri-campeões, também, Nogueira, Gininho, Benedito, Roberto, Sílvio e Tico.
O incansável e dedicado presidente Ari Cavalcante, ao lado do professor de Educação Física Mário Simão, fundamental na performance da equipe, juntamente com o técnico Onamar de Castro e Benedito Mogango.

 

2 comentários:

  1. Olá Porvinha: sua página enriquece a blogosfera capelista e a história esportiva da cidade. São crônicas impagáveis para serem lidas, relidas e arquivadas para deleites posteriores. Parabéns!
    Com respeito a este texto sobre a família Cesar da Costa cabe um complemento: Luís Antônio, mais conhecido como Pé de Pano, é sobrinho dos jogadores citados pois é filho de Anatália Julieta, irmã de Aroldo, Assônio e Arnoldo.

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  2. Pois é, Amigo Celso Meira, eu não poderia gostar de tudo que vi, participei e estar enganado quanto à importância da colcha de retalhos, ou melhor, do manto sagrado que é a história da nossa cidade, que é a história de cada um de nós. O pedaço que você sabe, presenciou ou ouviu, é que faz a história ser verdadeira, portanto, retificar algo que passou desapercebido enriquece mais ainda. Agradeço e lhe adianto, que a história de Luis Antonio Pé de Pano, do seu pai Nêne, o legítimo Pé de Pano, será, com certeza, personagem futura. Quanto à Dª Anatália, não sabia que era irmâ do seu Aroldo. Obrigado pela informação e pode aguardar, Amigo.

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