BINO
O Gato Selvagem
Quem viu, não deve esquecer.
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Seu Bino, pai de Osmair, avô de Marcos e Josemar, bisavô de João Lídio (meu amigo particular) foi um dos grandes ídolos do futebol brasileiro. Goleiro titular por mais de 7 anos e 343 partidas por um dos maiores clubes do Brasil e do mundo, o S.C. Corinthians Paulista, é a maior consagração do futebol antoninense. Jornais, revistas, emissoras de rádio exaltavam o "Gato selvagem" com seu uniforme preto quando enfrentava os maiores goleadores dos anos 40 e 50, tais como quando defendia um pênalti cobrado por Ademir de Menezes, o artilheiro da Copa do Mundo de 1950 ou uma cobrança do maior batedor de falta da época, o Jair da Rosa Pinto, do Palmeiras, (vide, defesa de Bino no Pacaembu, num clássico em 1946 - Corinthians x Palmeiras).
Convocado para a seleção brasileira no Sulamericano de 49, foi apontado pelo melhor goleiro de todos os tempos do Corinthians, o bi-campeão do mundo Gilmar dos Santos Neves, como seu ídolo e o melhor goleiro que vira jogar.
E daí? Bino, vinha de "férias" para Antonina e o point da época era o Bar Marreiro na Rua do Campo (hoje, uma sorveteria), onde seu Rubens juntava os Amigos como Didi Cara Preta (pai de James e Eduir), Lourival Chico Loco (pai de Ademir), Flávio Carteiro (pai de Valdo), os irmãos Ariel e Arãozinho, Reinaldo Linhares, Waldemar Garça, Tingo, Seu Leco (pai de Sabico), meu tio Petrônio Dedão, Juquinha Galinha, entre outros e enfim, aquele bar tinha aperitivo que servia como remédio (agrião, mentruz, guaca, gengibre...É, e se pedia assim: "Não tô muito bom hoje. Dá uma com milome!" E, para a garotada, dolé de maracujá.
E, quando as férias eram no carnaval, o melhor goleiro do Brasil era titular do time do seu Nenê Chaminé no Bloco do Pinico.
E, quando as férias eram no carnaval, o melhor goleiro do Brasil era titular do time do seu Nenê Chaminé no Bloco do Pinico.
Seu Bino era de 1920 e teria feito 92 anos no dia 1º de setembro, nascido no mesmo dia da fundação do Corinthinas que tem 102. E se chamava Setembrino.
Em 1966, num treino do 29, já com 46, 47 anos ele deu uma voada e caiu com o joelho numa pedra brita, cortando profundamente. Eu, Tico, Miro Pixote, Alcatrão e mais gente o carregamos até o portão e seu Zezito o levou no carro de praça de Fuéda para o Hospital.
que maravilha seu blog...historias reais de gente que merece estar aí, no coração e na mente dos antoninenses...bela iniciativa!! Tambem tomei dolé de maracujá no bar do marreiro, pena que não tomei nenhum dos remedinhos...milhome é muito bom!!
ResponderExcluirAbraços,
Já me desculpei com outros Amigos que fizeram comentários, pois nem sabia dessa janela, afinal, ainda estou aprendendo a lidar com tanto botões. Quanto aàquele balcão de mármore com tampa inox se abria e a gente ficava na ponta-dos-pés para escolher, eu pedia sorvete com mosquinha (com sementes). Seu Rubens fazia aquela cara de "Vamo, guri!". É, que até o frescor daquele tambor é inesquecível.
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