WALTER
Grandes Craques do Futebol Antoninense
O ídolo do Atlético e do Coritiba
WALTER, o nosso Walter Sabão, simplesmente, conseguiu a façanha de ser ídolo nos dois maiores clubes de futebol do Paraná.
WALTER
começou na A.A. 29 de Maio e foi bi-campeão 56-57, onde formava um
ataque poderoso com Nascimento, Jamil, Aércio e João Lopes em 55 ou em 56 com Sussumo, Mário Cangalheiro, Jamil e Peniche. No rubronegro, foi 2º maior artilheiro do Atlético nos campeonatos paranaenses. Em 1965 fez 24 gols (só foi igualado em 82 pelo grande Washington (Casal Vinte com Assis) e superado pela lenda viva Barcímio Sicupira em 72 quando fez 29 gols, tornando-se o maior artilheiro de todos os tempos. Entretanto, no time de Sicupira jogavam craques como Picasso (ex-Grêmio PA e São Paulo), Almeida (Ex-Corinthians), Alfredo Gotardi (ex-São Paulo) e Júlio (o Deus da Raça). Ainda, Buião (ex-Atlético Mineiro), Caio (ex-Grêmio PA), o próprio Sicupira, Sérgio Lopes (ex-Grêmio e SP) e de quebra o Nilson Borges Bocão (ex-Portuguesa). Daí, não ficava tão difícil fazer 29 gols. O time de Washington? Roberto Costa, Sergio Moura, Capitão, Detti, Assis, ele, entre outros. Já o CAP dele, chamavam de "faz-me rir", igual ao Corinthinas da década de 60, com Rivelino e tudo, mas que não ganhava nada.
No Coritiba, fez sua estréia em 1967, dia 26 de Agosto, uma 4ª à noite e enfrentou o campeão espanhol Atlético de Madri, que contava com nada menos que sete titulares da seleção. Resultado? Veja na revista Placar da época (Revista do Esporte), abaixo. WALTER FEZ OS TRÊS GOLS e COXA 3 X 2 pro resto do mundo saber o quê esse bagrinho era capaz. Em 1968 foi campeão e 69, bi. É mole? Se fosse hoje em dia, sequestravam o Walter e levavam-no dentro de uma mala de dólares, pesetas ou liras e tenham a certeza de que ele iria explodir na Europa. Sabe o que fez depois do jogo? Pegou o bicho (gratificação que se recebia no vestiário), embarcou na sua fusqueta verde e veio tomar uma em Antonina, lá no 29. Jogou, ainda, no Fluminense do Rio.
Tive o prazer de jogar, contra, quando eu atuava no Água Verde e ele no Grêmio Oeste de Guarapuava, no início de 70. A favor, quando os "estrangeiros" (profissionais antoninenses que jogavam em Santa Catarina, Paraná e São Paulo) se encontram de férias. Uma ocasião, iriamos jogar um amistoso com o Seleto de Paranaguá no campo do Matarazzo e haveria uma preliminar de jogadores daqui e como o tempo estava feio, acabou que os dois times estavam meia-boca, faltando gente. O tempo começou a ficar mais feio e Walter me chamou de lado e disse que o presidente do Seleto ligou que não iria ter jogo, pois em Paranaguá nem conseguiam sair com o barco, mas era pra não falar pra ninguém, se não tinham que devolver o dinheiro dos ingressos. Nisso, Celso Máscara queria saber o que estavamos cochichando e Walter disse: "Celso, Porvinha é muito bobo, ele quer jogar essa pelada da preliminar, daí não vai sair na Tribuna, certo?" E, Celso: "Adianta dar conselho pra essa molecada? Porvinha pensa que é sabido e vai perder de jogar um jogão desse!" Moral da história: Joguei na preliminar, me diverti e não teve o jogo principal. Celso ficou muito louco e foi embora a pé pra cidade falando o diabo do Seleto que tinha dado o cano. Ficamos no bar do Matarazzo e o dinheiro dos ingressos que era quase nada, uns 150, 200 de hoje, seu Hermano naquela simpatia de sempre, dizia "Waltão, ninguém veio destrocar mesmo, então vamos tomar mais uma, por conta de Celso Mascarado que fez o povo tudo ir embora brabo co Seleto". Acho, que foi a única vez que meu querido ídolo Celso perdeu uma.
Meu grande amigo, Marcus "porvinha".
ResponderExcluirSerei um assíduo frequentador do seu espaço.
Parabéns pelo blog.
Meu Querido Luis Henrique; quanta honra! Estou aprendendo a lidar com esses botões e agora que eu vi essa janela. Eu sou compositor; não sei cantar.
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